Novo Papa Leão é Acusado de Ter Permitido Que Padres Abusassem De Mulh…Ver mais
O recém-eleito papa Leão XIV, nome escolhido por Robert Francis Prevost, de 69 anos, enfrenta investigações no Vaticano relacionadas a denúncias de abuso sexual na Igreja Católica. As acusações vieram à tona em 2023, quando três mulheres peruanas alegaram que Prevost teria acobertado abusos cometidos por dois padres contra elas quando eram crianças. Na época, Prevost era administrador da diocese de Chiclayo, no Peru, onde atuou por cerca de 20 anos.
Segundo as vítimas, uma das denunciantes chegou a entrar em contato com Prevost por telefone em 2020, relatando os crimes. No entanto, o cardeal só teria encaminhado formalmente os relatos ao Vaticano dois anos depois. As informações são do portal g1, e a investigação oficial sobre o caso ainda não foi concluída pela Santa Sé.
A diocese de Chiclayo, por sua vez, afirmou em nota que Prevost seguiu todos os trâmites estabelecidos pela Igreja e cooperou com os procedimentos canônicos. Ainda assim, o caso reacende o debate sobre a forma como líderes eclesiásticos lidam com denúncias de abuso, tema sensível e recorrente na história recente da Igreja Católica.
Atuação de Robert Prevost no Peru
Antes de ser eleito papa, Robert Francis Prevost construiu grande parte de sua carreira religiosa no Peru, onde atuou por duas décadas e chegou a obter cidadania peruana. Como administrador da diocese de Chiclayo, teve papel importante na condução da Igreja local, além de manter proximidade com a comunidade católica e os missionários da região.
Mesmo com seu trabalho reconhecido, sua atuação no país passou a ser questionada após o surgimento das denúncias. Uma das vítimas afirmou que, ao relatar os abusos em 2020, esperava uma ação imediata da diocese, o que só teria acontecido dois anos depois, quando os casos foram oficialmente comunicados ao Vaticano.
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Escândalos de Abuso e a Escolha do Novo Papa
Os casos de abuso sexual dentro da Igreja continuam sendo um dos principais desafios enfrentados pelo Vaticano. Durante o conclave que escolheu o substituto de Francisco, o tema foi discutido de forma velada entre os cardeais. Anne Barrett Doyle, diretora da organização Bishop Accountability, que atua na defesa de vítimas de abuso clerical, chegou a se pronunciar sobre o assunto no Vaticano.
Na ocasião, Doyle criticou abertamente dois dos nomes cotados como favoritos para assumir o pontificado: o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle. Segundo ela, ambos teriam histórico de acobertamento de casos de abuso. Curiosamente, Robert Prevost não foi citado na lista de líderes criticados pela organização, o que, à época, evitou expor o cardeal norte-americano antes de sua eleição.
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