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Papa Francisco escolhe Santa Maria Maggiore como local de seu sepultamento
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, tomou uma decisão simbólica e histórica ao escolher a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, como o local de seu futuro sepultamento. A informação chama atenção por quebrar uma tradição de mais de um século: será o primeiro papa em 122 anos a não ser enterrado nas grutas do Vaticano, local tradicional de descanso dos pontífices, no subsolo da Basílica de São Pedro.
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A escolha de Francisco reforça o seu estilo pastoral e a ligação com a simplicidade e com o povo. Em entrevista concedida no ano passado, o pontífice revelou que a basílica escolhida era sua igreja favorita em Roma, localizada próxima à estação Termini, uma das áreas mais movimentadas da cidade. Santa Maria Maggiore é uma das quatro basílicas papais e tem grande importância histórica e espiritual para os católicos.
O gesto de escolher um sepultamento fora do Vaticano também destaca a devoção de Francisco à Virgem Maria. Desde o início de seu pontificado, é costume do papa visitar o ícone mariano “Salus Populi Romani”, que se encontra na capela Borghese dentro da basílica. Ele realiza essas visitas em momentos importantes de seu pontificado e em datas simbólicas, como no início de viagens apostólicas ou durante crises mundiais.
No último dia 12, véspera do Domingo de Ramos, o papa fez uma visita surpresa à catedral, reforçando ainda mais seu vínculo com o templo. Com sua decisão, Francisco será o terceiro papa sepultado em Santa Maria Maggiore, que já abriga os túmulos de Pio V (pontificado de 1566 a 1572) e Sisto V (1585 a 1590).
O último papa a ser enterrado fora do Vaticano foi Leão XIII, falecido em 1903. Seu corpo repousa na Basílica de São João de Latrão, também em Roma, que é a sede oficial da diocese da cidade e tradicionalmente conhecida como a catedral do Papa.
Com essa escolha, Francisco reafirma sua postura humilde e sua proximidade com o povo, além de promover um retorno simbólico às raízes da fé cristã, marcando seu legado de forma única na história da Igreja. A decisão já tem gerado reflexões entre fiéis e especialistas sobre o significado espiritual e pastoral de um papa que, mesmo em sua partida, continua evangelizando com gestos simples e profundos.