Um mês após a trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, na Indonésia, o pai da jovem, Manoel Marins Filho, compartilhou um relato emocionante e doloroso nas redes sociais, revelando os impactos ainda vivos da perda.
Juliana faleceu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos pontos mais visitados por turistas que viajam pelo sudeste asiático.
Mochila da filha ficou intocada por um mês
Em publicação feita na quarta-feira (30), Manoel contou que só agora, depois de semanas de luto, a família teve coragem de abrir a mochila que Juliana levava durante a viagem, e que havia retornado da Indonésia dentro de uma caixa lacrada. O conteúdo, segundo ele, reavivou memórias difíceis, mas também cheias de afeto.
“Ontem, finalmente, reunimos coragem e abrimos a mochila que a Ju levou na viagem. Até então ela estava exatamente como chegou da Indonésia. À medida que retirávamos os pertences, nosso coração apertava”, escreveu.
Ele descreveu a experiência como uma mistura de dor e saudade, provocada por cada objeto, cada roupa dobrada, cada item que refletia a personalidade da filha.
“Cada peça de roupa, cada objeto, nos remetia a uma gama de lembranças e sentimentos dos momentos felizes que passamos juntos. E veio a tristeza de constatar que agora ela está presente apenas em nossas mentes e corações. Não mais fisicamente”, lamentou.
Reconhecimento do corpo foi o momento mais difícil da vida
Além das memórias trazidas pela mochila, Manoel também falou sobre o momento mais difícil de toda essa tragédia: o reconhecimento do corpo da filha. Ele fez questão de viajar para a Indonésia, acompanhar as buscas e estar presente no local onde Juliana foi encontrada sem vida, quatro dias após sua queda.
“Você reconhecer o corpo de uma filha é uma experiência que nunca imaginei que fosse passar, ainda mais nas circunstâncias. O reconhecimento foi feito na ambulância, na entrada do parque. E foi uma coisa muito dolorosa”, desabafou.
Mesmo sendo aconselhado pelos sobrinhos a não ir até o local do acidente, Manoel insistiu. Para ele, era uma questão de honra e amor de pai. “Eu dizia: não, eu preciso ir lá. Eu sou o pai.
Quando minha filha nasceu, eu fiz uma promessa a mim mesmo de que estaria com ela em todos os momentos — nos bons e nos ruins”, afirmou, emocionando os seguidores.
O relato de Manoel revela a dor profunda que uma perda repentina provoca e como o luto se constrói a partir de lembranças, gestos e da tentativa de entender o que jamais fará sentido por completo.
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