Preta Gil faleceu no dia 20 de julho, aos 50 anos, após uma intensa batalha contra um câncer no intestino. A cantora estava em Nova York, nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental, mas infelizmente não resistiu. A dor de sua partida abalou o país e, especialmente, sua família.
Durante a missa de sétimo dia da filha, realizada na última segunda-feira (28), na Zona Sul do Rio de Janeiro, Gilberto Gil concedeu uma entrevista emocionante à repórter Monique Arruda, do portal LeoDias.
Ao ser questionado sobre a última vez que esteve com Preta, o cantor revelou que o encontro aconteceu em São Paulo, antes da viagem dela aos Estados Unidos. “Conversamos muito, brincamos… Fizemos troça das coisas alegres e engraçadas da vida”, relembrou com saudade.
Legado e dor da partida ainda marcam o pai
Gil também falou sobre a personalidade única da filha, destacando seu entusiasmo pela vida e sua profundidade emocional: “Ela tinha muito gosto por essa coisa de viver, brincar, fazer dos encontros um momento de efusividade.
Era muito alegre, muito profunda. Ao mesmo tempo, sempre teve, desde pequenininha, um certo tom melancólico no olhar, como se sempre soubesse da dificuldade que é viver.”
Ao comentar sobre o legado de Preta Gil, Gilberto Gil demonstrou grande sensibilidade. Para ele, a filha permanece viva na memória de todos que a conheceram: “Ficam as lembranças, o nosso contínuo sentimento de acolhimento, a memória dela.
Para mim, como pai, ficam fragmentos que talvez só eu tenha, mas para todos permanece tudo aquilo que ela foi e continua sendo.”
Por fim, Gil refletiu sobre os dois anos em que a filha enfrentou o câncer. Segundo ele, foi um processo de adaptação doloroso, mas também uma forma de preparação: “A ficha foi caindo aos poucos.
O que mais pesa na dor é saber o quanto ela sofreu. Mas, por outro lado, esse tempo permitiu que ela lutasse e se preparasse, à sua maneira, para tudo isso.”
Preta Gil morreu vítima de câncer
Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, um tipo de câncer que afeta o intestino grosso, especialmente o cólon e o reto. A doença costuma se desenvolver lentamente, a partir de pólipos que podem se transformar em tumores malignos ao longo dos anos. Em muitos casos, é possível detectar precocemente a doença por meio de exames como a colonoscopia, o que aumenta significativamente as chances de cura.
No caso de Preta, o diagnóstico veio em estágio mais avançado. A cantora iniciou imediatamente um tratamento que incluiu sessões de quimioterapia, radioterapia e cirurgias. Nos últimos meses de vida, ela passou a realizar um tratamento experimental em Nova York, buscando novas alternativas terapêuticas após o avanço do tumor.
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