Um episódio envolvendo líderes religiosos ganhou grande repercussão em Campo Grande após a divulgação de um vídeo que mostra o flagrante de uma traição dentro de um motel da capital sul-mato-grossense. A situação chamou atenção não apenas pelo adultério, mas pela justificativa apresentada: segundo a mulher, que é pastora, ela teria sido “vítima de Satanás”.
De acordo com o relato divulgado pelo jornal local Lado B, a pastora foi flagrada pelo próprio marido em um quarto de motel acompanhada de outro pastor. O vídeo do momento, gravado pelo marido, se espalhou rapidamente pelas redes sociais nesta terça-feira (12/4), provocando forte reação do público e alimentando debates sobre hipocrisia, responsabilidade pessoal e uso da fé como justificativa para comportamentos íntimos.

“Fomos vítimas de Satanás”, afirma pastora
Após a repercussão, a mulher se pronunciou e afirmou que tanto ela quanto o outro pastor teriam sido usados pelo Diabo para provocar escândalo. “Foram erros, só que a culpa não é da gente. A gente foi vítima de Satanás para escandalizar e jogar o nosso nome na lama. Todo mundo foi usado pelo Diabo”, declarou ao jornal.
A fala gerou indignação entre internautas, que criticaram a tentativa de transferir a responsabilidade do ato para uma entidade espiritual. Muitos usuários apontaram que, independentemente de crenças religiosas, atitudes pessoais devem ser assumidas pelos envolvidos, sem terceirização da culpa.
Vídeo do flagrante viraliza nas redes
No vídeo que circula nas redes sociais, o marido aparece visivelmente exaltado, confrontando o pastor que estava com sua esposa. Em meio aos gritos, ele chama o homem de “pastor do diabo” e afirma que sua família foi destruída pela traição. “Você acabou com a minha vida. Você destruiu minha família. Por que você fez isso?”, questiona, em tom de desespero.
Em outro momento, o homem se dirige ao banheiro do quarto, onde a esposa estava, e passa a chutar a porta fechada, enquanto grita frases expondo a condição religiosa da mulher. A pastora, do outro lado da porta, pede para que ele pare. O conteúdo do vídeo, apesar de não mostrar agressões diretas à pessoa, foi apontado como perturbador pelo clima de tensão e humilhação pública.
Debate sobre fé, exposição e responsabilidade
O caso provocou discussões intensas sobre os limites entre vida privada e exposição pública, especialmente quando envolve figuras religiosas. Para muitos internautas, o episódio revela como discursos religiosos podem ser usados de forma inadequada para justificar comportamentos pessoais, agravando ainda mais a repercussão.
Especialistas ouvidos por usuários nas redes destacaram que atribuir erros pessoais exclusivamente a forças espirituais pode dificultar processos de responsabilização, reflexão e reparação. O episódio segue repercutindo na capital e deve continuar sendo tema de debates, tanto no meio religioso quanto fora dele.