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Um novo episódio de tensão política e econômica passou a envolver o SBT nesta quarta-feira, 17 de dezembro, após a emissora se tornar alvo de uma ofensiva digital articulada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A mobilização nas redes sociais tem como objetivo pressionar financeiramente o canal por meio de seus anunciantes, em reação à presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes no evento de inauguração do SBT News.

A estratégia adotada pelos manifestantes mira diretamente um dos principais patrocinadores da emissora, elevando o conflito para além do campo simbólico e colocando em xeque a estabilidade comercial do grupo fundado por Silvio Santos.

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Hashtag mira patrocinador e propõe boicote

O movimento ganhou força com a criação da hashtag “HAVAN FORA DO SBT”, que rapidamente passou a circular entre perfis alinhados ao bolsonarismo. A campanha tenta convencer o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, a retirar o patrocínio de programas de grande audiência do canal, como o Domingo Legal.

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Além de críticas diretas à emissora, internautas passaram a publicar mensagens de boicote à própria rede varejista. “Enquanto a Havan patrocinar canal petista, eu não compro mais nada”, dizia uma das publicações que viralizaram. Em tom irônico, alguns usuários também passaram a se referir ao SBT como “SPT”, numa associação direta ao Partido dos Trabalhadores.

A movimentação evidencia uma tentativa clara de associar decisões institucionais da emissora a um alinhamento político, mesmo sem manifestações editoriais explícitas por parte do canal.

Caso Zezé Di Camargo volta ao centro do debate

Com o avanço da pressão sobre os patrocinadores, voltou à tona a recente polêmica envolvendo o cantor Zezé Di Camargo. O sertanejo havia solicitado o cancelamento de seu especial de Natal no SBT, alegando desconforto com a presença do presidente Lula em um evento da emissora.

Entre os manifestantes, Zezé passou a ser citado como um exemplo de reação ao que consideram uma “mudança de posicionamento” do canal. Esse discurso vem sendo utilizado para reforçar a narrativa de que o SBT teria abandonado uma suposta neutralidade política, o que, na avaliação dos críticos, justificaria ações de retaliação econômica.

A associação entre o episódio do cantor e a campanha contra os patrocinadores ampliou o alcance do movimento, levando o debate para além do público tradicionalmente engajado em pautas políticas.

Luciano Hang vira peça-chave na crise

Neste cenário, a atenção se volta para Luciano Hang, empresário conhecido por seu alinhamento histórico com o bolsonarismo e forte presença nas redes sociais. Até o momento, ele não se manifestou publicamente sobre os pedidos para romper contratos com o SBT.

A decisão de Hang é considerada estratégica, já que a Havan figura como patrocinadora de diversas atrações da emissora, sendo uma das marcas mais visíveis na grade comercial do canal. Além disso, a empresa se destaca pelo alto engajamento com seu público, o que torna qualquer posicionamento ainda mais sensível.

Enquanto isso, o SBT mantém silêncio institucional sobre a ofensiva digital. O episódio expõe, mais uma vez, como a polarização política no Brasil tem extrapolado o debate ideológico e alcançado diretamente o campo econômico, artístico e midiático.

A depender dos próximos movimentos dos patrocinadores, o desfecho do caso pode se tornar um marco sobre os limites entre opinião política, pressão popular e autonomia empresarial no país.

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