Preta Gil Foi Vítima de Erro Médico Antes de M0rrer: ‘Eles Mat…Ver mais

A morte de Preta Gil, aos 50 anos, deixou o Brasil em choque — mas o que poucos sabem é que o início da luta contra o câncer poderia ter sido diferente. Meses antes do diagnóstico oficial, a cantora já sentia dores recorrentes e mal-estar.

Durante uma turnê pela Europa com a família, ela chegou a ser internada em um hospital em Berlim, na Alemanha, onde procurou ajuda após um episódio de dor intensa. O diagnóstico, no entanto, foi alarmantemente equivocado: o médico plantonista disse que se tratava apenas de gases.

A informação foi revelada por Flora Gil, esposa de Gilberto Gil, que acompanhava Preta na ocasião. Segundo ela, a cantora disfarçava a dor e seguia com a agenda de compromissos, mesmo visivelmente debilitada.

“Ela foi muito forte em disfarçar aquela dor. Quando ela estiver velhinha, ia lembrar: ‘Fui internada em Berlim e o médico falou que eu tinha gases’”, disse Flora em entrevista, revelando a frustração da família com o atendimento recebido no exterior.

Dor ignorada e diagnóstico tardio

Na época da internação, Preta já vinha apresentando sintomas claros: desconforto abdominal, fadiga e dores persistentes. Ainda assim, o diagnóstico correto só viria meses depois, quando ela já estava de volta ao Brasil, e os exames apontaram um câncer no reto em estágio avançado.

Para os familiares, o erro médico em Berlim marcou profundamente a trajetória de Preta. “Isso para a gente marcou muito”, desabafou Flora. Muitos acreditam que, se a doença tivesse sido identificada naquele momento, o tratamento poderia ter começado mais cedo — e talvez, com mais chances de sucesso.

Um ritual de despedida em meio à dor

Nos últimos momentos de vida, Gilberto Gil teria realizado um ritual silencioso ao lado da filha, envolvendo orações e envio de boas energias. Com a voz embargada, ele pediu que a filha partisse em paz, caso não houvesse mais forças para continuar.

A mistura de fé, dor e indignação acompanha agora a memória da artista. Preta Gil partiu com dignidade, mas o erro inicial no diagnóstico ainda ecoa como um alerta: quando a dor é ignorada, a chance de cura pode escorrer pelos dedos.