A morte da cantora Preta Gil, no último domingo (20), aos 50 anos, durante tratamento contra um câncer colorretal em Nova York, trouxe à tona diversos momentos marcantes e emocionantes da artista.
Uma entrevista antiga ao canal Põe na Roda, do YouTube, viralizou nas redes sociais. No vídeo, com o bom humor que sempre carregou, Preta comentou sobre como gostaria que fosse seu velório: “Quero que seja uma micareta real.
Se Ivete for depois de mim, bota ela, mesmo velha, gagá, em cima do trio.” A fala, descontraída e cheia de vida, tem comovido fãs e amigos ao redor do país.
Diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, Preta passou por tratamento e chegou a comemorar a remissão da doença no fim daquele ano. No entanto, em agosto de 2024, a enfermidade retornou, agora com metástase em quatro regiões: dois linfonodos, o peritônio e um nódulo no ureter.
Com coragem, decidiu buscar tratamento alternativo nos Estados Unidos, onde ficou internada nos últimos três meses no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), referência mundial em oncologia. “Temos que buscar alternativas em países diferentes, com tipos de estudos diferentes, drogas que ainda não chegaram ao Brasil”, justificou em entrevista à época.
Corpo será repatriado e velório ocorrerá no Rio de Janeiro
Mesmo longe de casa, Preta estava acompanhada pela madrasta Flora Gil, que agora cuida dos trâmites burocráticos para a repatriação do corpo. A cantora morreu em solo norte-americano enquanto realizava terapias alternativas na tentativa de estabilizar o avanço da doença.
A família informou que o velório será realizado na cidade natal da artista, o Rio de Janeiro, e será aberto ao público. Embora o local ainda não tenha sido oficialmente confirmado, há uma forte possibilidade de que ocorra no Theatro Municipal, no Centro da capital fluminense.
A data da cerimônia e o destino final do corpo, seja sepultamento ou cremação, ainda dependem da liberação das autoridades norte-americanas e dos procedimentos legais exigidos para a repatriação. A expectativa é que as informações oficiais sejam divulgadas em breve nas redes da família Gil.
Preta Gil deixa um legado de coragem, representatividade e irreverência. Mulher preta, gorda e bissexual, como gostava de afirmar com orgulho, usou sua trajetória para romper padrões e levantar bandeiras importantes na música, na cultura e na sociedade brasileira.
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