Só Veja se Tiver Coragem! Primeira Imagem dos Técnicos de Internet M0rtos por Facção na Bah…Ver mais

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Três funcionários de uma empresa de internet foram encontrados mortos na noite da última terça-feira (16/12), no bairro Alto do Cabrito, em Salvador, em um crime que chocou moradores da capital baiana e reacendeu o debate sobre a atuação de facções criminosas em áreas urbanas. As vítimas apresentavam sinais claros de tortura, com marcas de disparos de arma de fogo, além de estarem com mãos e pés amarrados.

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, os homens foram identificados como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos; Jackson Santos Macedo, de 41; e Patrick Vinícius dos Santos, de 28. Eles vestiam uniformes da empresa em que trabalhavam e estavam a caminho de um serviço técnico quando desapareceram. A corporação informou que guias de perícia e remoção dos corpos foram expedidas e que diligências e oitivas estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do triplo homicídio.

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Funcionários estavam em serviço quando foram mortos

As informações iniciais apontam que os três profissionais atuavam na área de instalação e manutenção de internet por fibra óptica. Segundo relatos, eles teriam se deslocado para atender a uma demanda na região do Subúrbio Ferroviário, quando perderam contato. Horas depois, os corpos foram localizados no bairro Alto do Cabrito, uma área marcada por conflitos entre grupos criminosos.

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Em nota divulgada nas redes sociais, a Planet Internet, empresa para a qual os homens trabalhavam, lamentou profundamente a perda. “Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e colegas, desejando força, conforto e serenidade para atravessar essa perda irreparável”, publicou a empresa no Instagram. A nota não entra em detalhes sobre o serviço que seria realizado, mas confirma que os funcionários estavam em atividade profissional.

A brutalidade do crime chamou a atenção pela forma como as vítimas foram executadas, o que reforça a hipótese de envolvimento do crime organizado. A Polícia Civil, no entanto, ainda não confirmou oficialmente a motivação ou a autoria do ataque.

Relato aponta possível atuação de facções criminosas

Em vídeo publicado nas redes sociais, o jornalista Jean Mendes, que atua na cobertura de casos investigativos na Bahia, afirmou que, segundo apuração própria, os trabalhadores estariam instalando fibra óptica no bairro Marechal Rondon quando foram abordados por integrantes da facção Bonde do Maluco (BDM) durante a tarde.

Ainda conforme o relato, os três teriam sido sequestrados, levados para outro local, submetidos a sessões de tortura e, posteriormente, mortos. Os corpos teriam sido deixados em uma área do Subúrbio Ferroviário associada ao Comando Vermelho (CV), facção rival, o que poderia indicar uma tentativa de atribuir o crime a outro grupo.

Essas informações, no entanto, ainda não foram confirmadas oficialmente pelas autoridades. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o caso segue sob investigação e que somente dados apurados de forma técnica serão divulgados.

Controle de serviços e clima de insegurança em Salvador

O caso reacendeu uma discussão delicada e preocupante em Salvador: a possível interferência de facções criminosas em serviços essenciais. Segundo o jornalista, há regiões da capital baiana onde a oferta de serviços de internet seria controlada por grupos armados, que impõem regras, cobram taxas ilegais ou impedem a atuação de empresas não autorizadas por eles.

Embora essa informação ainda não tenha sido confirmada pela SSP-BA, moradores de áreas dominadas por facções relatam, de forma recorrente, dificuldades para contratar serviços básicos, além do medo constante da violência. O assassinato dos três funcionários reforça o clima de insegurança vivido por trabalhadores que precisam circular por diferentes bairros da cidade para exercer suas funções.

Enquanto a investigação avança, familiares, amigos e colegas das vítimas aguardam respostas. O triplo homicídio evidencia não apenas a brutalidade do crime, mas também os desafios enfrentados pelo poder público no combate à criminalidade organizada e na garantia da segurança de trabalhadores que, até então, apenas exerciam suas atividades profissionais.

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