Professor de 29 Anos M0rre de Infarto Após Não Aguentar Perseguiç…Ver mais

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Brasil, 2025 – A morte do professor Carlos Eduardo Meira Batista, conhecido como Kadu, abalou profundamente a comunidade escolar de Recursolândia (TO) e sua cidade natal, Brumado (BA).

Aos 29 anos, ele faleceu no domingo (31) vítima de um infarto, deixando familiares, amigos e colegas de profissão em luto. A tragédia ocorreu em um momento de expectativa para mudanças em sua carreira, já que seu pedido de remoção havia sido aprovado e seria publicado no dia seguinte ao falecimento.

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Um professor jovem, dedicado e em busca de recomeço

Natural da Bahia, Kadu ingressou no quadro efetivo da Secretaria de Educação do Tocantins (Seduc) em 2024, atuando na Escola Estadual Recurso I. Conhecido por sua dedicação e compromisso com a educação, ele enfrentava, no entanto, um período difícil em sua trajetória profissional.

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Documentos revelam que o professor havia feito três pedidos de remoção, anexando laudos médicos que atestavam sua necessidade de mudança. O primeiro foi negado por estar em estágio probatório, mas o segundo pedido já havia sido deferido e seria publicado em 1º de setembro, apenas um dia após sua morte. A aprovação representava uma esperança de novos caminhos, mas acabou se transformando em um detalhe marcado pela dor.

Hostilidade no ambiente escolar e fragilidade emocional

Segundo relatos de colegas, Kadu vinha enfrentando situações de hostilidade e até de bullying por parte de alguns estudantes. O ambiente desgastante fez com que ele buscasse auxílio médico e passasse a usar medicamentos controlados, numa tentativa de lidar com o peso da pressão cotidiana.

Embora mantivesse seu compromisso com a sala de aula, a rotina difícil refletiu-se em sua saúde física e emocional. A morte súbita trouxe à tona discussões sobre a saúde mental dos professores, categoria que frequentemente lida com sobrecarga, falta de apoio e desrespeito em seu ambiente de trabalho.

Luto, solidariedade e despedida marcada pela esperança interrompida

Após a confirmação do falecimento, familiares e amigos organizaram uma campanha para arrecadar R$ 11.700, valor necessário para custear o translado do corpo até Brumado (BA) e o funeral.

A mobilização solidária rapidamente ganhou apoio da comunidade, que se uniu para prestar a última homenagem ao professor. Nas redes sociais, mensagens emocionadas destacaram não apenas sua juventude interrompida, mas também a dedicação de Kadu à educação, mesmo diante das adversidades.

A Seduc, por meio de nota oficial, lamentou profundamente a morte do servidor e confirmou que a remoção solicitada havia sido aprovada, restando apenas a publicação oficial. O episódio expôs a fragilidade de profissionais que, muitas vezes, convivem com condições adversas sem o devido suporte. A perda de Kadu deixa uma marca dolorosa em sua família, em seus alunos e em toda a comunidade escolar, que agora reflete sobre a urgência de medidas de valorização e de cuidado com a saúde mental dos professores.

O sepultamento em Brumado será não apenas um momento de despedida, mas também de reflexão sobre a importância de garantir condições dignas para aqueles que dedicam suas vidas à educação. A morte precoce de Kadu simboliza uma esperança interrompida, mas também reforça o chamado por mudanças urgentes na forma como o país trata seus educadores.

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