Brasil, 2025 – A morte da jovem Ana Clara Garcia Veloso, de 19 anos, em Ubá (MG), trouxe à tona um caso que vai além de um crime isolado, levantando suspeitas de que o principal suspeito possa ser um predador em série.
O episódio chamou atenção pelas circunstâncias que antecederam o encontro fatal e pelos relatos de outras possíveis vítimas que surgiram após a repercussão.
Ana Clara, que estava temporariamente em Ubá, utilizava aplicativos para agendar encontros. Pouco antes de sair para atender um cliente, enviou mensagens a uma amiga relatando insegurança em relação ao contratante, a quem descreveu como “meio doido”.
Mesmo assim, decidiu prosseguir com o encontro em razão do valor oferecido. Horas depois, seu corpo foi encontrado em frente à residência de Jonathan Martins, que acabou detido.
Em depoimento, ele afirmou que houve desentendimento sobre o pagamento do programa, o que teria levado à agressão que resultou na morte da jovem. A versão, no entanto, ainda é investigada, e a Polícia Civil aguarda os resultados da perícia e do laudo de necropsia para esclarecer a dinâmica do crime.
Histórico do suspeito e ligações com outro homicídio
As investigações revelaram que Jonathan havia se mudado para Ubá há cerca de três meses. A mudança ocorreu após ele ter sido citado como envolvido em um homicídio em Volta Redonda (RJ). De acordo com informações policiais, familiares da vítima e integrantes de facções criminosas locais apontaram sua participação, o que pode ter motivado sua saída do estado fluminense.
Esse histórico levantou suspeitas de que o homem estaria tentando se esconder em Minas Gerais, enquanto mantinha o mesmo padrão de comportamento que agora é apurado pelas autoridades.
Novos relatos e apuração ampliada
Após a divulgação do caso, outras mulheres procuraram a polícia. Uma delas relatou ter sido abordada pelo suspeito no mesmo dia em que Ana Clara foi morta. Outra, menor de idade, afirmou ter sido vítima de abuso cometido por ele anteriormente. Esses novos depoimentos reforçam a possibilidade de que Jonathan não tenha agido apenas uma vez, ampliando o foco da investigação.
A Polícia Civil agora busca identificar se existem outras vítimas e circunstâncias semelhantes que possam ser relacionadas ao suspeito. O caso, além de gerar forte comoção na cidade, abre discussões sobre os riscos enfrentados por mulheres em encontros marcados por aplicativos e a necessidade de maior proteção diante de potenciais criminosos que utilizam essas plataformas para agir.
Enquanto a investigação avança, familiares e amigos de Ana Clara lamentam a perda precoce da jovem, que deixou sinais de alerta antes de encontrar o acusado. O caso permanece sob atenção da Justiça e da sociedade, que aguarda respostas concretas e punição exemplar ao responsável.