Brasil, 2025 – Uma revelação recente trouxe à tona novos capítulos sobre a trajetória de Suzane Richthofen durante o período em que esteve presa em Ribeirão Preto, São Paulo.
O biógrafo Ullisses Campbell, autor do livro “Suzane – Assassina e Manipuladora”, afirmou em entrevista ao Podcast Bagaceira Chique que a detenta teria sido vítima de assédio sexual praticado por um promotor corregedor. O episódio, segundo ele, ocorreu em um contexto de vulnerabilidade e acabou expondo falhas graves dentro do sistema prisional brasileiro.
As denúncias feitas por Suzane Richthofen durante a prisão
De acordo com Campbell, Suzane manifestava o desejo de ser transferida para a Penitenciária Feminina de Tremembé, onde acreditava que estaria mais protegida. Nesse cenário, o promotor teria feito uma proposta explícita: garantir a transferência em troca de um ato sexual.
O biógrafo detalhou que a expressão usada, “me faz um beijinho”, se referia a sexo oral. Temendo por sua segurança e pressionada pela situação, Suzane teria aceitado o acordo, mas logo buscou apoio institucional.
O episódio, ainda segundo o relato, ocorreu de forma inusitada: uma ambulância do SAMU foi enviada para buscá-la e levá-la ao gabinete do promotor, que teria sido preparado como uma espécie de ambiente festivo. Ao perceber a gravidade da situação, Suzane procurou a ouvidoria do presídio e formalizou uma denúncia.
Repercussões e afastamento do promotor
A denúncia teve consequências imediatas, resultando no afastamento do promotor de suas funções. O caso trouxe grande repercussão, reacendendo debates sobre a fragilidade do sistema penitenciário e a vulnerabilidade de mulheres presas. Para Campbell, a situação mostra como figuras de poder podem se aproveitar da posição que ocupam, expondo detentas a situações de risco e abuso.
Esse episódio também representa uma camada pouco conhecida da história de Suzane, que por anos foi retratada apenas pelo crime que a tornou nacionalmente conhecida. Ao mesmo tempo, revela como o ambiente prisional pode se tornar ainda mais hostil para mulheres, onde segurança e dignidade frequentemente são postas em xeque.
Reflexos no sistema prisional brasileiro
O caso relatado pelo biógrafo não se limita a Suzane Richthofen. Ele evidencia problemas estruturais que atingem o sistema penitenciário como um todo. A ausência de mecanismos eficazes de proteção, somada à desigualdade de poder entre detentos e autoridades, abre espaço para violações graves de direitos humanos.
Especialistas apontam que situações como essa reforçam a urgência de reformas no sistema prisional, garantindo não apenas punição, mas também respeito e segurança a todos os presos. A denúncia de Suzane pode, portanto, se transformar em um marco para ampliar discussões sobre a dignidade nas prisões brasileiras e pressionar por mudanças que evitem a repetição de abusos semelhantes.