A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida após quatro dias desaparecida nas encostas do vulcão Monte Rinjani, na Indonésia.
A jovem, natural de Niterói (RJ), era publicitária e estava em uma viagem mochileira pela Ásia desde fevereiro. O caso ganhou repercussão internacional, não apenas pela tragédia, mas por conta de suas últimas palavras, que emocionaram até mesmo os socorristas envolvidos na busca.
Juliana fazia uma trilha com amigos quando se separou do grupo na manhã de sexta-feira, 20 de junho. Ao tentar retornar sozinha, escorregou e caiu por uma ribanceira próxima à cratera do vulcão, descendo cerca de 500 metros.
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Segundo os relatos, mesmo gravemente ferida e isolada em uma área de difícil acesso, Juliana conseguiu usar o celular para gravar um pedido de socorro, dizendo: “Por favor, me ajudem. Estou aqui embaixo, caída. Não me deixem morrer.”
O vídeo, compartilhado com os amigos do grupo, foi determinante para a localização exata da jovem. Ainda no domingo, drones com sensores térmicos localizaram sua posição, e avistaram Juliana se mexendo e acenando.
Ela estava viva, mas claramente debilitada e sem recursos. A resposta dos resgatistas, no entanto, foi lenta. O terreno era instável, tomado por neblina e com risco constante de deslizamentos, o que dificultou a chegada até ela.
Tragédia marcada pela esperança e demora no resgate
Durante os dias em que ficou caída na encosta, Juliana suportou temperaturas baixas, fome e dor. Segundo os amigos, ela seguiu pedindo ajuda por mensagens de voz enquanto teve sinal.
O grupo de trilheiros tentou buscar ajuda localmente, mas o posto mais próximo exigia horas de caminhada. As autoridades locais só iniciaram oficialmente o resgate horas depois do primeiro alerta.
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Na manhã desta terça-feira, 24 de junho, a equipe finalmente conseguiu chegar até Juliana. Infelizmente, ela já não apresentava sinais vitais. O corpo foi retirado com apoio de cordas e, posteriormente, transportado de helicóptero.
A família, em luto, expressou gratidão pelas orações e apoio, mas também cobrou respostas sobre a lentidão das autoridades indonésias. O Itamaraty acompanha o caso e presta apoio à família.
A tragédia de Juliana levanta um alerta sobre os perigos de trilhas em regiões vulcânicas e sobre a importância da rápida resposta em emergências. Suas últimas palavras não serão esquecidas — um apelo humano por socorro, em meio à natureza implacável.