A manhã desta quinta-feira (25) em Sobral, no interior do Ceará, foi marcada por pânico e correria após disparos atingirem estudantes da Escola Estadual Luiz Felipe. O ataque resultou na morte de dois jovens, identificados como Vitor Guilherme e Cláudio, e deixou outros três feridos, que foram socorridos pelo Samu e encaminhados a uma unidade hospitalar. Até o momento, não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dos sobreviventes.
O episódio ocorreu durante o intervalo das aulas, momento em que muitos alunos estavam reunidos no pátio e nos corredores. De acordo com relatos, os tiros partiram do lado de fora da escola.
As cenas de desespero foram registradas em vídeos feitos por testemunhas, mostrando estudantes correndo em busca de abrigo, enquanto familiares e policiais chegavam ao local.
Investigações em andamento e posicionamento das autoridades
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) informou que os suspeitos ainda não foram formalmente identificados, mas reforçou que equipes da Polícia Militar e Polícia Civil seguem em diligências para capturá-los. A investigação está sob responsabilidade da Polícia Civil, com o apoio do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte.
O governador Elmano de Freitas (PT) classificou o episódio como “extremamente grave” e destacou que o Estado não tolerará ataques contra a comunidade escolar. Segundo ele, medidas emergenciais estão sendo tomadas para reforçar a segurança na região.
O caso acontece um dia após uma tentativa de homicídio nas proximidades de outra escola pública em Sobral, no bairro Sumaré. Embora as autoridades ainda não confirmem ligação entre os episódios, a proximidade temporal elevou as preocupações da população.
Aulas suspensas e debate sobre segurança nas escolas
Diante da violência, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) anunciou a suspensão das atividades na Escola Estadual Luiz Felipe. Os alunos foram liberados nesta quinta-feira (25), e as aulas também não ocorrerão nesta sexta (26). A decisão busca dar tempo para que a comunidade escolar receba apoio psicológico e para que a polícia avance nas investigações.
O ataque reacende o debate sobre a segurança em ambientes educacionais e a necessidade de reforçar políticas públicas capazes de proteger estudantes e profissionais da educação. Casos como este evidenciam a vulnerabilidade das escolas diante da violência urbana e aumentam a pressão por estratégias mais eficazes de prevenção.
Com a tragédia, Sobral se junta a outras cidades brasileiras que já enfrentaram episódios semelhantes, colocando em evidência uma preocupação crescente: a garantia de que espaços de aprendizado não se transformem em cenários de medo.