Uma semana após a morte de Preta Gil, a dor da perda continua ressoando entre fãs, amigos e familiares. Mas neste domingo, 27 de julho, foi a vez de um dos médicos que acompanharam de perto sua luta contra o câncer compartilhar seu luto com o público.
O cirurgião oncológico Frederico Teixeira, que integrou a equipe responsável pela complexa cirurgia de 21 horas realizada em 2024, usou as redes sociais para expressar o impacto emocional que a morte da artista teve sobre ele. Seu desabafo foi sincero, humano e profundamente comovente.
“É real, mas não é natural esperar que quem cuida, simplesmente continue cuidando da próxima pessoa”, escreveu o médico, revelando o quanto é doloroso para profissionais da saúde lidar com a perda de um paciente que acompanhou de forma tão próxima.
Laços que vão além da medicina técnica
Com a partida de Preta, vieram à tona detalhes da relação médico-paciente construída ao longo de meses de tratamento. Frederico contou que o tempo cria vínculos profundos — não apenas com o corpo, mas com a história de vida de quem está sendo cuidado.
“Você começa conhecendo o diagnóstico, mas acaba conhecendo os medos, a origem e os sonhos daquela pessoa”, refletiu.
O médico defendeu, ainda, que os profissionais da saúde também precisam de tempo para viver o luto, algo muitas vezes ignorado ou silenciado. Para ele, é essencial “honrar brevemente o desafio que foi cuidar de alguém e o privilégio de ter estado presente nesse período delicado”.
A publicação ganhou grande repercussão nas redes sociais, com mensagens de apoio e empatia ao médico. Sua reflexão tocou muitos corações e revelou um lado pouco falado da medicina: o quanto ela exige, além da razão, uma entrega emocional imensa.
Frederico encerrou sua homenagem com uma frase que resume bem o sentimento deixado por essa jornada: a medicina é uma vocação onde “seu coração será exercitado igualmente com sua cabeça”.
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